Diante dos desafios da modernidade, precisamos observar algumas realidades que a igreja alimenta no âmbito da realização de sua missão no mundo: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho...” Mt 28.19.
Durante uma conferência da Pastoral da Juventude, Certo jovem cristão confrontado por sua sexualidade, aproveitou-se da presença de um renomado teólogo da libertação e perguntou-lhe: “Por que um jovem cristão não pode ter relações sexuais antes do casamento?” o teólogo, após algumas tentativas de explicação que não convenceram o jovem, disse: “Esse é um pedido que sua igreja faz aos seus membros. Mesmo que você não tenha clareza do porque, se você é um membro da igreja, deve dar um voto de confiança e viver o que a igreja lhe pede”.
A questão a se discutir nesse episódio, não é o problema da sexualidade, mas duas posturas distintas:
1º) A resposta tradicional da igreja, que sempre responde de maneira não racional, sempre com argumentos da autoridade Ex: A Bíblia nos ensina... A Igreja nos pede...
2º) A atitude dos indivíduos do tempo moderno que pedem explicações a suas dúvidas fundamentadas na racionalidade.
Podemos identificar nesse processo duas vertentes, por um lado o mundo moderno que se encontra cheio de indagações sobre as questões que trazem felicidade ao individuo e por outro a igreja que se apresenta despreparada a responder todas essas questões. Portanto, o que poderia ser um beneficio tornou-se uma barreira ao dialogo da igreja com o mundo moderno. Então a grande pergunta: Qual a boa nova hoje? Seria contraditório dizer que a boa nova de hoje é apenas cumprir a missão da igreja, isto é, evangelizar as pessoas e a sociedade. Sobretudo, devemos estar preparados para responder as perguntas e problemas que a sociedade moderna nos apresenta e isso é bíblico: “Devamos estar preparados para responder a razão de nossa fé, com mansidão e respeito para com todos aqueles que nos pedem” (1Pedro 3.15-16).
Entretanto não é suficiente para responder a pergunta inicial. Finalmente, sem a racionalidade não conseguiremos dialogar com o mundo moderno, nem ter eficácia em nossa luta, sem a ação do Espírito Santo não poderemos discernir entre Deus e os ídolos. Esse é um desafio para a teologia: “Encontrar ou criar uma racionalidade capaz de estar a serviço do clamor dos pobres”, uma racionalidade eficaz que desmascare as idolatrias modernas, tanto no âmago de religião, quanto de teorias cientificas, e propor uma alternativa que seja realmente Boas Novas para os pobres.
Cleudair Cordeiro de Godoi
3° período de teologia
Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil - RJ
BIBLIOGRAFIA
SUNG, Jung Mo. Deus numa economia sem coração, Pobreza e neoliberalismo: Um desafio à evangelização, São Paulo: Edições Paulinas, 1992
Durante uma conferência da Pastoral da Juventude, Certo jovem cristão confrontado por sua sexualidade, aproveitou-se da presença de um renomado teólogo da libertação e perguntou-lhe: “Por que um jovem cristão não pode ter relações sexuais antes do casamento?” o teólogo, após algumas tentativas de explicação que não convenceram o jovem, disse: “Esse é um pedido que sua igreja faz aos seus membros. Mesmo que você não tenha clareza do porque, se você é um membro da igreja, deve dar um voto de confiança e viver o que a igreja lhe pede”.
A questão a se discutir nesse episódio, não é o problema da sexualidade, mas duas posturas distintas:
1º) A resposta tradicional da igreja, que sempre responde de maneira não racional, sempre com argumentos da autoridade Ex: A Bíblia nos ensina... A Igreja nos pede...
2º) A atitude dos indivíduos do tempo moderno que pedem explicações a suas dúvidas fundamentadas na racionalidade.
Podemos identificar nesse processo duas vertentes, por um lado o mundo moderno que se encontra cheio de indagações sobre as questões que trazem felicidade ao individuo e por outro a igreja que se apresenta despreparada a responder todas essas questões. Portanto, o que poderia ser um beneficio tornou-se uma barreira ao dialogo da igreja com o mundo moderno. Então a grande pergunta: Qual a boa nova hoje? Seria contraditório dizer que a boa nova de hoje é apenas cumprir a missão da igreja, isto é, evangelizar as pessoas e a sociedade. Sobretudo, devemos estar preparados para responder as perguntas e problemas que a sociedade moderna nos apresenta e isso é bíblico: “Devamos estar preparados para responder a razão de nossa fé, com mansidão e respeito para com todos aqueles que nos pedem” (1Pedro 3.15-16).
Entretanto não é suficiente para responder a pergunta inicial. Finalmente, sem a racionalidade não conseguiremos dialogar com o mundo moderno, nem ter eficácia em nossa luta, sem a ação do Espírito Santo não poderemos discernir entre Deus e os ídolos. Esse é um desafio para a teologia: “Encontrar ou criar uma racionalidade capaz de estar a serviço do clamor dos pobres”, uma racionalidade eficaz que desmascare as idolatrias modernas, tanto no âmago de religião, quanto de teorias cientificas, e propor uma alternativa que seja realmente Boas Novas para os pobres.
Cleudair Cordeiro de Godoi
3° período de teologia
Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil - RJ
BIBLIOGRAFIA
SUNG, Jung Mo. Deus numa economia sem coração, Pobreza e neoliberalismo: Um desafio à evangelização, São Paulo: Edições Paulinas, 1992