Faça a diferença, sendo diferente!

Diante do atual momento do cenário religioso brasileiro, no que se refere ao espiritismo, catolicismo (tradicional, ou carismático), religiões afro-africanas, pode-se observar que cada qual busca seu espaço, independente da situação, decadência ou ascensão. Infelizmente o que poderia ser favorável a nós evangélicos, tem nos impedido de aproveitar o momento que atravessa a humanidade. Temos perdido espaço a cada dia.
Como segunda maior força de expressão religiosa do país, deveríamos estar preparados a combater as heresias e falsas religiões que crescem assustadoramente diante de nossos olhos. Enquanto a “concorrência” ganha espaço na mídia e no coração do povo brasileiro, os evangélicos não tem uma representatividade em termos de liderança nacional do qual se pode esperar alguma solução viável e confiável.
Temos usado barreiras de proteção contra aqueles que não fazem parte de nosso “grupo”. Usamos o escudo do linguajar próprio que só os de dentro entendem além de querer vestir seu novo adepto a uma roupagem que muitas vezes nós mesmos não vestimos. É necessário quebrar essas barreiras e trazer o povo ao entendimento do verdadeiro evangelho.
A competição entre as variadas ramificações do evangelho tem resultado em uma verdadeira confusão. Se a mensagem do evangelho é transformadora, ao contrario, tem-se imitado práticas contraria aos nossos princípios para poder ter direito ao um espaço no palco do espetáculo da palhaçada.
Nossa preocupação como povo de Deus, não deveria igualar-se as outras religiões, seja em números ou em atitudes, mas deve ser cumprir com o papel verdadeiro de cristão autêntico, que segundo a Palavra de nosso Deus é fazer a diferença, sendo diferente: "Se alguém cuida ser religioso e não refreia a sua língua, mas engana o seu coração, a sua religião é vã. A religião pura e imaculada diante de nosso Deus e Pai é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas aflições e guardar-se isento da corrupção do mundo." (Tiago 1.26, 27)
Quem sabe um dia teremos representantes no Senado Federal, nos meios de comunicação, ou em vários movimentos sociais de nosso País. Pessoas comprometidas com Deus que não se deixem corromper com o sistema estabelecido pelo mundo, mas, que transmitem o evangelho genuíno. Homens e mulheres que façam total diferença na comunidade que estão inseridos.
O caminho já começou a ser percorrido, apesar de que por poucos, mas precisamos acreditar e seguir junto com aqueles que acreditam ser possível alcançar resultados melhores. Para isso, diante de tanta diversidade de aberrações impostas no cenário religioso brasileiro, precisamos buscar poder do alto e ter a consciência de que somos o povo que faz a diferença porque somos diferentes.


Cleudair Cordeiro de Godoi
3° período de Teologia
Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil

Minha paixão por Cristo

A paixão por Cristo é a mais sublime para mim, como escolhido de Deus, líder cristão. Esta foi à paixão máxima do apóstolo Paulo, o maior líder que a igreja já conheceu. Paulo proclamou exultante: "Para mim o viver é Cristo" (Fp 1:21). "Logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim" (Gl 2:20).
Veja o testemunho claro de Paulo: "Mas o que para mim era lucro, isto considerei perda por causa de Cristo. Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus meu Senhor; por amor do qual, perdi todas as cousas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo... para o conhecer" (Fp 3:7-10).
Como líder chamado por Cristo, essa deve ser também a minha paixão predominante. Meu compromisso mais profundo deve ser com Cristo, minha devoção inabalável, meu supremo amor, a paixão absorvente de minha vida, deve ser Cristo. Conhecê-Lo mais e mais deve ser meu aprendizado mais desejado, agradá-Lo mais e mais deve ser a minha maior vontade, e glorificá-Lo mais e mais, a minha mais alta ambição.
Para Ele, como era Paulo para Cristo, vivo ou morro; para Ele me volto, buscando a Sua sabedoria, orientação e poder. NEle me glorio, nEle me firmo, e a toda estatura da Sua plenitude, Sua imagem e Sua semelhança aspiro. Minha paixão por Cristo como Pessoa deve estar acima e além da minha paixão pela Sua causa ou meu compromisso com o Seu serviço. Esta é a paixão subjacente a todas as outras paixões cristãs.
Ele..., Ele é o meu alvo e meu exemplo. Ele é todo o meu desejo e minha recompensa eterna. Ele é meu Alfa e Ômega, meu Princípio e Fim. Por ser tudo isso, Ele deve tornar-se o meu Amado intensamente pessoal. A paixão por Cristo se transforma em um amor pessoal vibrante e profundo por Cristo.

Cleudair Cordeiro de Godoi
3° Período de Teologia
Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil

DUEWEL, Wesley L. Em chamas para Deus. Trad. Neyd Siqueira; São Paulo: Editora Candeia, 1996. 295 pp.

A tradição dos batistas “tradicionais”

Os discípulos de Jesus Cristo que a se designam pelo nome "batista" se caracterizam pela sua fidelidade às Escrituras e por isso só recebem em suas comunidades, como membros atuantes, pessoas convertidas pelo Espírito Santo de Deus. Somente essas pessoas são batizadas e não reconhecem como válido o batismo administrado na infância por qualquer grupo cristão, pois, nós "os batistas", crianças recém-nascidas não podem ter consciência de pecado, regeneração, fé e salvação. Para adotar essas posições estamos bem fundamentados nos Evangelhos e nos demais livros do Novo Testamento. A mesma fundamentação tem todas as outras doutrinas que professamos. Nossas exigências de batismo só de convertidos é que mais chamaou a atenção do povo e das autoridades do passado, daí derivando a designação "batista" que se supõem ser uma forma simplificada de "anabatista", "aquele que batiza de novo".

A designação surgiu no século XVII, mas os batistas estavam espiritualmente ligados a todos os que, através dos séculos, procuraram permanecer fiéis aos ensinamentos das Escrituras, repudiando, mesmo com risco da própria vida, os acréscimos e corrupções de origem humana.

Através dos tempos, os batistas se têm notabilizado pela defesa destes princípios:

A aceitação das Escrituras Sagradas como única regra de fé e conduta.

O conceito de igreja como sendo uma comunidade local democrática e autônoma, formada de pessoas regeneradas e biblicamente batizadas.

A separação entre Igreja e Estado.

A absoluta liberdade de consciência.

A responsabilidade individual diante de Deus.

A autenticidade e apostolicidade das igrejas.

Esta tradição histórica identifica e motiva a Igreja Local a ser autônoma e soberana em suas decisões e não se subordinar a qualquer outra igreja ou entidade, reconhecendo apenas a autoridade de Jesus Cristo, expressa nas Sagradas Escrituras. Relacionando-se, a seu critério, para fins de cooperação, com as demais Igrejas integradas à Convenção Batista Brasileira.

Reconstruindo minha peregrinação de vida

Nasci no ano de 1974 em Anápolis, interior de Goiás, localizada há 54 km da capital goiana e 150 da capital federal, Brasília. Durante esse período a cidade encontrava em plena expansão, porém as oportunidades de trabalhos eram raras, então à agricultura tornou-se predominante na região como meio de sustento de grande parte das famílias. Meu pai, um homem tipicamente interiorano, tinha como profissão motorista, entretanto impregnou-se no ramo de hortaliça como escape para esquivar-se da dificuldade em conseguir um emprego registrado em seu oficio. Pertencente a família dos Godoi, muito conhecida na região por serem bons proprietários de terra, sempre buscou trabalhar em meio à criação de animais e plantações de vários tipos de alimentos. Nesse tempo eram comuns as reuniões durante os meses de dezembro e fevereiro onde familiares, amigos e visinhos de fazenda e das vilas próximas, participavam de festejos denominados “folia de reis”, festa essa oriunda do folclore Português, que em nosso país tornou-se uma festa religiosa. Cresci então em meio a essas influencias religiosas. Entre um tempo e outro havia celebrações de missas e rezas de terços entre uma casa e outra. Minha mãe então tornara-se uma das principais “rezadeiras” da região, sempre envolvida com as programações da única e pequena paróquia que havia no local, não demorou muito e já era o “braço direito do padre”. No inicio de minha adolescência, no ano de 1985, em busca de melhores condições de vida, mudamos para a cidade de Goiânia, meu pai enfim recebe uma proposta para trabalhar registrado como motorista em uma empresa de transporte urbano a qual não hesitou em aceita-la. Durante esse período tivemos afastados das questões religiosas, fato esse até então considerado normal, tínhamos chegado a uma cidade grande e não conhecíamos quase ninguém, passado alguns anos minha mãe voltara a ser como outrora, rezando terços de casa em casa e dirigindo celebrações na igreja católica do bairro. Já na fase adulta, no ano de 1994, incentivado por ela, iniciei minhas primeiras experiências religiosas como líder do grupo de jovens e adolescentes nesta mesma comunidade. Todavia algo me incomodava nos rituais das missas, terços ou quaisquer outras celebrações católicas, ou seja, a idolatria a “santos” e adoração de imagens, mesmo não tendo nenhum conhecimento teológico sobre as escrituras ou até mesmo contato, sentia uma profunda inquietação sobre isso. Até que no ano de 1997, logo após meu casamento e conseqüentemente o nascimento de meu primeiro filho, iniciei meus primeiros contatos diretos com a Palavra de Deus, através de leituras noturnas, movidas pela curiosidade em saber o conteúdo da bíblia protestante, e através de uma forte e decisiva atuação do Espírito Santo, decidi procurar uma igreja protestante. Finalmente em 13 de dezembro de 1998, visitei a Igreja Batista em Itatiaia e participei daquele que viria a ser o culto mais importante de minha vida, nesse mesmo dia, minha esposa e eu, nos decidimos a favor de Cristo. Empolgados com o novo estilo de vida iniciamos imediatamente os estudos na classe de batismos e dia 06 junho de 1999, fomos batizados pelo nosso pastor, José de Andrade Cunha, um homem simples e poderosamente usado por Deus, que nos instruía e ensinava as Sagradas Escrituras. Inspirado pela ação do Santo Espírito, o pastor nos convidou a trabalhar na implantação de uma igreja no bairro onde morávamos, ainda que fossemos neófitos, sempre nos apoiando e alertando-nos sobre nossa vocação, ainda me lembro de suas palavras: “Você já pensou em ir estudar no seminário?”. Apesar disso, almejava tornar-me funcionário publico estadual. Depois de um momento de grande conflito o Senhor mostrou-me claramente o que queria de mim, então foi como um milagre, depois que respondi sim ao chamado de Deus, no ano de 2002 consegui o tão sonhado trabalho. Posteriormente, no ano de 2006 ingressei-me no seminário, retornando então à cidade de Anápolis, agora casado e com três filhos. No decurso desse período passamos por varias provações. A principal delas no parâmetro financeiro. Ao longo de dois anos orava, clamava e até questionava a Deus sobre minha vocação, não entendia porque passávamos por tantas dificuldades sendo que Deus sustenta aqueles que Ele chama. Graças à fidelidade d’Ele nossas orações foram ouvidas e atendidas. Ao final de 2007 inscrevi-me para participar do concurso de bolsas de estudos do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, na cidade do Rio de Janeiro e por meio da intervenção direta do Senhor, fui agraciado com a bolsa integral dos estudos de bacharel em teologia e ministério pastoral. Deus seja louvado por sua imensa fidelidade.


Cleudair Cordeiro de Godoi
3° Período de Teologia
Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil

A Igreja e sua missão no mundo moderno

Diante dos desafios da modernidade, precisamos observar algumas realidades que a igreja alimenta no âmbito da realização de sua missão no mundo: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho...” Mt 28.19.
Durante uma conferência da Pastoral da Juventude, Certo jovem cristão confrontado por sua sexualidade, aproveitou-se da presença de um renomado teólogo da libertação e perguntou-lhe: “Por que um jovem cristão não pode ter relações sexuais antes do casamento?” o teólogo, após algumas tentativas de explicação que não convenceram o jovem, disse: “Esse é um pedido que sua igreja faz aos seus membros. Mesmo que você não tenha clareza do porque, se você é um membro da igreja, deve dar um voto de confiança e viver o que a igreja lhe pede”.
A questão a se discutir nesse episódio, não é o problema da sexualidade, mas duas posturas distintas:
1º) A resposta tradicional da igreja, que sempre responde de maneira não racional, sempre com argumentos da autoridade Ex: A Bíblia nos ensina... A Igreja nos pede...
2º) A atitude dos indivíduos do tempo moderno que pedem explicações a suas dúvidas fundamentadas na racionalidade.

Podemos identificar nesse processo duas vertentes, por um lado o mundo moderno que se encontra cheio de indagações sobre as questões que trazem felicidade ao individuo e por outro a igreja que se apresenta despreparada a responder todas essas questões. Portanto, o que poderia ser um beneficio tornou-se uma barreira ao dialogo da igreja com o mundo moderno. Então a grande pergunta: Qual a boa nova hoje? Seria contraditório dizer que a boa nova de hoje é apenas cumprir a missão da igreja, isto é, evangelizar as pessoas e a sociedade. Sobretudo, devemos estar preparados para responder as perguntas e problemas que a sociedade moderna nos apresenta e isso é bíblico: “Devamos estar preparados para responder a razão de nossa fé, com mansidão e respeito para com todos aqueles que nos pedem” (1Pedro 3.15-16).
Entretanto não é suficiente para responder a pergunta inicial. Finalmente, sem a racionalidade não conseguiremos dialogar com o mundo moderno, nem ter eficácia em nossa luta, sem a ação do Espírito Santo não poderemos discernir entre Deus e os ídolos. Esse é um desafio para a teologia: “Encontrar ou criar uma racionalidade capaz de estar a serviço do clamor dos pobres”, uma racionalidade eficaz que desmascare as idolatrias modernas, tanto no âmago de religião, quanto de teorias cientificas, e propor uma alternativa que seja realmente Boas Novas para os pobres.

Cleudair Cordeiro de Godoi
3° período de teologia
Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil - RJ

BIBLIOGRAFIA
SUNG, Jung Mo. Deus numa economia sem coração, Pobreza e neoliberalismo: Um desafio à evangelização, São Paulo: Edições Paulinas, 1992

O Sono da Irresponsabilidade

No inicio do livro de Jonas, o autor relata-nos que após ser chamado por Deus para ir pregar na cidade de Nínive, ele apresenta uma disposição surpreendente para fazer o que não era para ser feito. O profeta desiste e foge! Porém, sua desistência, nos ensina algo de muito valor: Deus é soberano em seus propósitos e ele nunca desiste deles! E mesmo diante da indisposição de seus servos, que insistem em viver envoltos ao sono profundo do comodismo, o Senhor sempre promove o que é do seu agrado! Jonas conhece Nínive, sabe das brutalidades e imoralidades desenvolvidas pelos assírios, conseqüentemente por todos os ninívitas. Sobretudo, ele também é conhecedor da misericórdia, da longanimidade e benignidade de Deus, ele sabe que se houver um simples sinal de arrependimento por parte dos habitantes de Niníve, o Senhor irá perdoá-los. Por esse motivo, Jonas não consegue visualizar a graça de Deus, motivo esse que o leva a pensar na fuga e ele a faz! Vale ressaltar que o problema de Jonas é teológico, assim como todos nós temos, mas, ele é radical, sobretudo fundamentalista ao extremo. Mergulhando no texto podemos entender dois aspectos: A ação de Deus ante a fuga do profeta. (1.4) e as diferenças de atitudes entre o profeta e os marinheiros em meio à grande tempestade. (1.5-6) A ação do Senhor é resgatar Jonas ante a sua insistente fuga, e conseqüentemente cura-lo de seus problemas interiores, de sua ideologia individualista, com a finalidade de recolocá-lo dentro do projeto do qual ele foi designado. Sobre as atitudes podemos observar que, os marinheiros em desespero total, não sabiam a quem recorrer, buscavam a qualquer tipo de “deus” para que pudessem alcançar bonança. Porém, ressalto que, em meios suas ações politeístas eles desenvolviam a fé baseados na crença que tinham. Jonas ao inverso, sabia quem poderia resolver o problema e devolver a bonança definitivamente. Porém, mesmo em sua fé monoteísta ele preferiu dormir o sono da fuga e da irresponsabilidade. Isso nos mostra que Deus trata no nosso intimo, mesmo quando estamos em fuga Dele e de nós mesmo, e que nossa fé sem ação é nula (Tiago 2.17) Jonas acreditava em um só Deus (Jeová) porém não colocou sua fé em prol de salvar os que necessitavam de salvação. (nesse caso especifico os marinheiros durante a tempestade). Crer em Deus não é suficiente (Tiago 2.19) é necessário servi-lo e segui-lo!

Que possamos estar acordados, atentos, prontos, e confiantes em nossa caminhada como servos do Senhor, pois não sabemos a que horas ele irá nos usar para apregoar as “niníves” da contemporaneidade. Portanto estejais preparados a tempo e fora de tempo (2Tm 4.2)


Cleudair Cordeiro de Godoi
3º Periodo em Teológia
Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil-RJ




Referência Bibliográfica
BARRETO, Sônia. O Mergulho no ser
COELHO FILHO, Isaltino Gomes. Jonas nosso contemporâneo. Rio de Janeiro,JUERP,1992
Jonas 1.4-6

Foi-se a Glória do Senhor

Diante a dificuldade da relação entre a igreja e a modernidade, talvez a saída fosse vivermos uma vida tranqüila no sentido sectário e procurar uma vida privada, ocultos em condomínios fechados. Uma vida que nos dê a oportunidade de sermos auto-suficientes, vivendo altamente independente do mundo moderno. Mas, como viver sem estar inserido no mundo? Como fazer a diferença sem apresentar-se? Ou até mesmo, como ser igreja fora do mundo? Rubem Amorese diz: Se a igreja se retirar do mundo, ela deixa de ser igreja, porque renega sua própria identidade de colaboradora de Deus.
Se optarmos pelo sectarismo, não poderemos ajudar na transformação do mundo, pois, não nos identificamos com ele e não conhecemos seus problemas, dificuldades e dores. Nesse caso passaremos a ser inúteis e desobedientes. Então só nos resta uma alternativa; deve-se estar no mundo e não ser do mundo, viver no mundo e não ser contaminado pelo mundo! Precisamos estar prontos a oferecer todos os requisitos básicos pra se viver em comunidade de maneira honesta e amorosa, e testemunharmos de Cristo diante de um mundo secularizado. Para tal devemos nos humilhar diante de Deus e buscarmos o auxilio do Espírito Santo.
A igreja moderna vive padrões parecidos com o tempo do profeta Eli; Não necessariamente na rebeldia, mas no afrouxamento dos padrões da palavra de Deus. Vivemos em época de barbáries que se apresenta em forma de mercado consumista em que tudo se transforma em lucro. Vivemos em tempos de hordas exemplificada nos arrastões e gangues de ruas, pessoas dispostas a tudo para promover suas ideologias malignas. Porém, podemos levantar uma contestação de que essas coisas não têm relação com a igreja, mas inconscientemente acaba-se por incorporar essa ou aquela atitude; como a agressividade no trânsito, aquisição de armas “somente para esportes e segurança”, o consentimento do rock irracional e violento em nosso louvor “por falta de dialogo, ou medo de magoar nossos jovens”, e assim por diante.
É tempo de repensarmos nossas atitudes como corpo e família! De que adianta evangelizarmos o mundo inteiro e perder nossa família por falta de presença, atenção e carinho? De que adianta mantermos fiéis nos dízimos, se nosso coração dói cada vez que fazemos o deposito? Devemos aprender com a história do profeta Eli, antes que seja tarde e acabamos por dar aos nossos filhos “naturais ou da fé” o nome de Icabode, que significa: “Foi se a glória do Senhor”.

Cleudair Cordeiro de Godoi
3º Periodo em Teológia
Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil-RJ


Referência bibliografica


*AMORESE, Rubem Martins. Icabode: Da mente de Cristo à consciência Moderna. São Paulo. Abba Press.1993
* I Samuel 2.22-36

E o Mundo Jaz no Maligno!


Talvez uma das maiores ilusões fosse procurar razão pra viver em um mundo que caminha rumo à dissolução total, enquanto vivermos pelo mundo seremos afligidos pelas armadilhas daquele que o governa, seria pura pretensão procurar paz em um mundo que se destrói em guerra! Você pode até procurar razão, mas não vai encontrar e se porventura à encontrar será pura ilusão! Como diria o sábio rei Salomão "Por isso, a vida começou a não valer nada para mim; ela só me havia trazido aborrecimentos. Tudo havia sido ilusão; eu apenas havia corrido atrás do vento" (Eclesiastes 2.17). Quantas vezes nos vemos em situação semelhante, vivendo sem direção, sem razão e em total desilusão? Porém, se clamarmos ao nosso Deus certamente Ele nos estenderá a mão, porquanto Ele mesmo nos prometeu "quando clamar a mim, eu o ouvirei, porque sou misericordioso" (Êxodo 22.27b). Então nosso Deus nós dará direção e absoluta Paz, como Ele mesmo nos diz: "Deixo com vocês a Paz. É a minha Paz que lhes dou; não lhes dou a paz como o mundo a dá. Não fiquem aflitos, nem tenham medo" (João 14.2) meus irmãos se nosso viver estiver fundamentado em Jesus, sempre teremos razão pra viver, mesmo sabendo que o mundo inteiro jaz no maligno, pois, entendemos que não pertencemos a este mundo, mas à Deus. (João 5.19)




Cleudair Cordeiro de Godoi
3º Período em Teologia
Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil-RJ

A "Fenomologia" do arrependimento

Nos últimos dias fomos surpreendidos com uma noticia de certo ponto inopinado, vimos um famoso jogador de futebol, conhecido mundialmente como o “Fenômeno” envolvido em um caso de polícia, poderia ser mais uma ocorrência daqueles milhares que não dão em nada, mas, a mídia fez o seu ofício, e a notícia se espalhou pelos quatro cantos do planeta, então a polícia viu-se obrigada a colocar-se em prontidão para apurar a realidade dos fatos. Vítima ele? Não vem ao caso agora! Todavia, de acordo como foi propalado pelas agências de comunicação, isso pode custar ao fenômeno um preço muito mais caro do que ele imaginava inicialmente. Depois de ser exposto à toda mídia mundial, o Fenômeno teria rompido com sua noiva e ainda corre o risco de perder o contrato vitalício com a marca esportiva que o patrocina. Imagino eu que depois de tudo o que aconteceu, tenha ele, refletido sobre o caso e chegado a um amargo arrependimento. Tarde de mais, (no caso dele) o mundo todo já sabe!
Pensando sobre a analogia que podemos fazer deste acontecimento com a nossa vida como cristãos, Lembrei-me das palavras do rei Davi: “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno.” Salmo 139.1,2.
Sobretudo, podemos entender que os desvios de condutas que também estamos sujeitos, sempre virão seguidos de uma conseqüência, no caso do “fenômeno” foram as piores possíveis, entretanto no nosso caso elas são drásticas. Ele perdeu a noiva e o patrocínio, (segundo a mídia jornalística) nós perdemos a comunhão com Jesus!
Quando Davi se viu em situação “parecida” ele expressou uma oração de arrependimento e busca de conserto diante do Senhor, entendo que eu e você precisamos agir da mesma maneira que Davi; ou seja, devamos estar diante de Deus todos os dias, dizendo:
Senhor, Sonda-me, vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno, guarda-me, porque em ti me refugio!

Cleudair Cordeiro de Godoi
3º Periodo Teologia
Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil-RJ

Sobre este blog

Contador

Fotos

...:::Cleudair Godoi:::...

Advertisement

Sample Text

Faça a diferença, sendo diferente!

Diante do atual momento do cenário religioso brasileiro, no que se refere ao espiritismo, catolicismo (tradicional, ou carismático), religiões afro-africanas, pode-se observar que cada qual busca seu espaço, independente da situação, decadência ou ascensão. Infelizmente o que poderia ser favorável a nós evangélicos, tem nos impedido de aproveitar o momento que atravessa a humanidade. Temos perdido espaço a cada dia.
Como segunda maior força de expressão religiosa do país, deveríamos estar preparados a combater as heresias e falsas religiões que crescem assustadoramente diante de nossos olhos. Enquanto a “concorrência” ganha espaço na mídia e no coração do povo brasileiro, os evangélicos não tem uma representatividade em termos de liderança nacional do qual se pode esperar alguma solução viável e confiável.
Temos usado barreiras de proteção contra aqueles que não fazem parte de nosso “grupo”. Usamos o escudo do linguajar próprio que só os de dentro entendem além de querer vestir seu novo adepto a uma roupagem que muitas vezes nós mesmos não vestimos. É necessário quebrar essas barreiras e trazer o povo ao entendimento do verdadeiro evangelho.
A competição entre as variadas ramificações do evangelho tem resultado em uma verdadeira confusão. Se a mensagem do evangelho é transformadora, ao contrario, tem-se imitado práticas contraria aos nossos princípios para poder ter direito ao um espaço no palco do espetáculo da palhaçada.
Nossa preocupação como povo de Deus, não deveria igualar-se as outras religiões, seja em números ou em atitudes, mas deve ser cumprir com o papel verdadeiro de cristão autêntico, que segundo a Palavra de nosso Deus é fazer a diferença, sendo diferente: "Se alguém cuida ser religioso e não refreia a sua língua, mas engana o seu coração, a sua religião é vã. A religião pura e imaculada diante de nosso Deus e Pai é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas aflições e guardar-se isento da corrupção do mundo." (Tiago 1.26, 27)
Quem sabe um dia teremos representantes no Senado Federal, nos meios de comunicação, ou em vários movimentos sociais de nosso País. Pessoas comprometidas com Deus que não se deixem corromper com o sistema estabelecido pelo mundo, mas, que transmitem o evangelho genuíno. Homens e mulheres que façam total diferença na comunidade que estão inseridos.
O caminho já começou a ser percorrido, apesar de que por poucos, mas precisamos acreditar e seguir junto com aqueles que acreditam ser possível alcançar resultados melhores. Para isso, diante de tanta diversidade de aberrações impostas no cenário religioso brasileiro, precisamos buscar poder do alto e ter a consciência de que somos o povo que faz a diferença porque somos diferentes.


Cleudair Cordeiro de Godoi
3° período de Teologia
Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil

Minha paixão por Cristo

A paixão por Cristo é a mais sublime para mim, como escolhido de Deus, líder cristão. Esta foi à paixão máxima do apóstolo Paulo, o maior líder que a igreja já conheceu. Paulo proclamou exultante: "Para mim o viver é Cristo" (Fp 1:21). "Logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim" (Gl 2:20).
Veja o testemunho claro de Paulo: "Mas o que para mim era lucro, isto considerei perda por causa de Cristo. Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus meu Senhor; por amor do qual, perdi todas as cousas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo... para o conhecer" (Fp 3:7-10).
Como líder chamado por Cristo, essa deve ser também a minha paixão predominante. Meu compromisso mais profundo deve ser com Cristo, minha devoção inabalável, meu supremo amor, a paixão absorvente de minha vida, deve ser Cristo. Conhecê-Lo mais e mais deve ser meu aprendizado mais desejado, agradá-Lo mais e mais deve ser a minha maior vontade, e glorificá-Lo mais e mais, a minha mais alta ambição.
Para Ele, como era Paulo para Cristo, vivo ou morro; para Ele me volto, buscando a Sua sabedoria, orientação e poder. NEle me glorio, nEle me firmo, e a toda estatura da Sua plenitude, Sua imagem e Sua semelhança aspiro. Minha paixão por Cristo como Pessoa deve estar acima e além da minha paixão pela Sua causa ou meu compromisso com o Seu serviço. Esta é a paixão subjacente a todas as outras paixões cristãs.
Ele..., Ele é o meu alvo e meu exemplo. Ele é todo o meu desejo e minha recompensa eterna. Ele é meu Alfa e Ômega, meu Princípio e Fim. Por ser tudo isso, Ele deve tornar-se o meu Amado intensamente pessoal. A paixão por Cristo se transforma em um amor pessoal vibrante e profundo por Cristo.

Cleudair Cordeiro de Godoi
3° Período de Teologia
Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil

DUEWEL, Wesley L. Em chamas para Deus. Trad. Neyd Siqueira; São Paulo: Editora Candeia, 1996. 295 pp.

A tradição dos batistas “tradicionais”

Os discípulos de Jesus Cristo que a se designam pelo nome "batista" se caracterizam pela sua fidelidade às Escrituras e por isso só recebem em suas comunidades, como membros atuantes, pessoas convertidas pelo Espírito Santo de Deus. Somente essas pessoas são batizadas e não reconhecem como válido o batismo administrado na infância por qualquer grupo cristão, pois, nós "os batistas", crianças recém-nascidas não podem ter consciência de pecado, regeneração, fé e salvação. Para adotar essas posições estamos bem fundamentados nos Evangelhos e nos demais livros do Novo Testamento. A mesma fundamentação tem todas as outras doutrinas que professamos. Nossas exigências de batismo só de convertidos é que mais chamaou a atenção do povo e das autoridades do passado, daí derivando a designação "batista" que se supõem ser uma forma simplificada de "anabatista", "aquele que batiza de novo".

A designação surgiu no século XVII, mas os batistas estavam espiritualmente ligados a todos os que, através dos séculos, procuraram permanecer fiéis aos ensinamentos das Escrituras, repudiando, mesmo com risco da própria vida, os acréscimos e corrupções de origem humana.

Através dos tempos, os batistas se têm notabilizado pela defesa destes princípios:

A aceitação das Escrituras Sagradas como única regra de fé e conduta.

O conceito de igreja como sendo uma comunidade local democrática e autônoma, formada de pessoas regeneradas e biblicamente batizadas.

A separação entre Igreja e Estado.

A absoluta liberdade de consciência.

A responsabilidade individual diante de Deus.

A autenticidade e apostolicidade das igrejas.

Esta tradição histórica identifica e motiva a Igreja Local a ser autônoma e soberana em suas decisões e não se subordinar a qualquer outra igreja ou entidade, reconhecendo apenas a autoridade de Jesus Cristo, expressa nas Sagradas Escrituras. Relacionando-se, a seu critério, para fins de cooperação, com as demais Igrejas integradas à Convenção Batista Brasileira.

Reconstruindo minha peregrinação de vida

Nasci no ano de 1974 em Anápolis, interior de Goiás, localizada há 54 km da capital goiana e 150 da capital federal, Brasília. Durante esse período a cidade encontrava em plena expansão, porém as oportunidades de trabalhos eram raras, então à agricultura tornou-se predominante na região como meio de sustento de grande parte das famílias. Meu pai, um homem tipicamente interiorano, tinha como profissão motorista, entretanto impregnou-se no ramo de hortaliça como escape para esquivar-se da dificuldade em conseguir um emprego registrado em seu oficio. Pertencente a família dos Godoi, muito conhecida na região por serem bons proprietários de terra, sempre buscou trabalhar em meio à criação de animais e plantações de vários tipos de alimentos. Nesse tempo eram comuns as reuniões durante os meses de dezembro e fevereiro onde familiares, amigos e visinhos de fazenda e das vilas próximas, participavam de festejos denominados “folia de reis”, festa essa oriunda do folclore Português, que em nosso país tornou-se uma festa religiosa. Cresci então em meio a essas influencias religiosas. Entre um tempo e outro havia celebrações de missas e rezas de terços entre uma casa e outra. Minha mãe então tornara-se uma das principais “rezadeiras” da região, sempre envolvida com as programações da única e pequena paróquia que havia no local, não demorou muito e já era o “braço direito do padre”. No inicio de minha adolescência, no ano de 1985, em busca de melhores condições de vida, mudamos para a cidade de Goiânia, meu pai enfim recebe uma proposta para trabalhar registrado como motorista em uma empresa de transporte urbano a qual não hesitou em aceita-la. Durante esse período tivemos afastados das questões religiosas, fato esse até então considerado normal, tínhamos chegado a uma cidade grande e não conhecíamos quase ninguém, passado alguns anos minha mãe voltara a ser como outrora, rezando terços de casa em casa e dirigindo celebrações na igreja católica do bairro. Já na fase adulta, no ano de 1994, incentivado por ela, iniciei minhas primeiras experiências religiosas como líder do grupo de jovens e adolescentes nesta mesma comunidade. Todavia algo me incomodava nos rituais das missas, terços ou quaisquer outras celebrações católicas, ou seja, a idolatria a “santos” e adoração de imagens, mesmo não tendo nenhum conhecimento teológico sobre as escrituras ou até mesmo contato, sentia uma profunda inquietação sobre isso. Até que no ano de 1997, logo após meu casamento e conseqüentemente o nascimento de meu primeiro filho, iniciei meus primeiros contatos diretos com a Palavra de Deus, através de leituras noturnas, movidas pela curiosidade em saber o conteúdo da bíblia protestante, e através de uma forte e decisiva atuação do Espírito Santo, decidi procurar uma igreja protestante. Finalmente em 13 de dezembro de 1998, visitei a Igreja Batista em Itatiaia e participei daquele que viria a ser o culto mais importante de minha vida, nesse mesmo dia, minha esposa e eu, nos decidimos a favor de Cristo. Empolgados com o novo estilo de vida iniciamos imediatamente os estudos na classe de batismos e dia 06 junho de 1999, fomos batizados pelo nosso pastor, José de Andrade Cunha, um homem simples e poderosamente usado por Deus, que nos instruía e ensinava as Sagradas Escrituras. Inspirado pela ação do Santo Espírito, o pastor nos convidou a trabalhar na implantação de uma igreja no bairro onde morávamos, ainda que fossemos neófitos, sempre nos apoiando e alertando-nos sobre nossa vocação, ainda me lembro de suas palavras: “Você já pensou em ir estudar no seminário?”. Apesar disso, almejava tornar-me funcionário publico estadual. Depois de um momento de grande conflito o Senhor mostrou-me claramente o que queria de mim, então foi como um milagre, depois que respondi sim ao chamado de Deus, no ano de 2002 consegui o tão sonhado trabalho. Posteriormente, no ano de 2006 ingressei-me no seminário, retornando então à cidade de Anápolis, agora casado e com três filhos. No decurso desse período passamos por varias provações. A principal delas no parâmetro financeiro. Ao longo de dois anos orava, clamava e até questionava a Deus sobre minha vocação, não entendia porque passávamos por tantas dificuldades sendo que Deus sustenta aqueles que Ele chama. Graças à fidelidade d’Ele nossas orações foram ouvidas e atendidas. Ao final de 2007 inscrevi-me para participar do concurso de bolsas de estudos do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, na cidade do Rio de Janeiro e por meio da intervenção direta do Senhor, fui agraciado com a bolsa integral dos estudos de bacharel em teologia e ministério pastoral. Deus seja louvado por sua imensa fidelidade.


Cleudair Cordeiro de Godoi
3° Período de Teologia
Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil

A Igreja e sua missão no mundo moderno

Diante dos desafios da modernidade, precisamos observar algumas realidades que a igreja alimenta no âmbito da realização de sua missão no mundo: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho...” Mt 28.19.
Durante uma conferência da Pastoral da Juventude, Certo jovem cristão confrontado por sua sexualidade, aproveitou-se da presença de um renomado teólogo da libertação e perguntou-lhe: “Por que um jovem cristão não pode ter relações sexuais antes do casamento?” o teólogo, após algumas tentativas de explicação que não convenceram o jovem, disse: “Esse é um pedido que sua igreja faz aos seus membros. Mesmo que você não tenha clareza do porque, se você é um membro da igreja, deve dar um voto de confiança e viver o que a igreja lhe pede”.
A questão a se discutir nesse episódio, não é o problema da sexualidade, mas duas posturas distintas:
1º) A resposta tradicional da igreja, que sempre responde de maneira não racional, sempre com argumentos da autoridade Ex: A Bíblia nos ensina... A Igreja nos pede...
2º) A atitude dos indivíduos do tempo moderno que pedem explicações a suas dúvidas fundamentadas na racionalidade.

Podemos identificar nesse processo duas vertentes, por um lado o mundo moderno que se encontra cheio de indagações sobre as questões que trazem felicidade ao individuo e por outro a igreja que se apresenta despreparada a responder todas essas questões. Portanto, o que poderia ser um beneficio tornou-se uma barreira ao dialogo da igreja com o mundo moderno. Então a grande pergunta: Qual a boa nova hoje? Seria contraditório dizer que a boa nova de hoje é apenas cumprir a missão da igreja, isto é, evangelizar as pessoas e a sociedade. Sobretudo, devemos estar preparados para responder as perguntas e problemas que a sociedade moderna nos apresenta e isso é bíblico: “Devamos estar preparados para responder a razão de nossa fé, com mansidão e respeito para com todos aqueles que nos pedem” (1Pedro 3.15-16).
Entretanto não é suficiente para responder a pergunta inicial. Finalmente, sem a racionalidade não conseguiremos dialogar com o mundo moderno, nem ter eficácia em nossa luta, sem a ação do Espírito Santo não poderemos discernir entre Deus e os ídolos. Esse é um desafio para a teologia: “Encontrar ou criar uma racionalidade capaz de estar a serviço do clamor dos pobres”, uma racionalidade eficaz que desmascare as idolatrias modernas, tanto no âmago de religião, quanto de teorias cientificas, e propor uma alternativa que seja realmente Boas Novas para os pobres.

Cleudair Cordeiro de Godoi
3° período de teologia
Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil - RJ

BIBLIOGRAFIA
SUNG, Jung Mo. Deus numa economia sem coração, Pobreza e neoliberalismo: Um desafio à evangelização, São Paulo: Edições Paulinas, 1992

O Sono da Irresponsabilidade

No inicio do livro de Jonas, o autor relata-nos que após ser chamado por Deus para ir pregar na cidade de Nínive, ele apresenta uma disposição surpreendente para fazer o que não era para ser feito. O profeta desiste e foge! Porém, sua desistência, nos ensina algo de muito valor: Deus é soberano em seus propósitos e ele nunca desiste deles! E mesmo diante da indisposição de seus servos, que insistem em viver envoltos ao sono profundo do comodismo, o Senhor sempre promove o que é do seu agrado! Jonas conhece Nínive, sabe das brutalidades e imoralidades desenvolvidas pelos assírios, conseqüentemente por todos os ninívitas. Sobretudo, ele também é conhecedor da misericórdia, da longanimidade e benignidade de Deus, ele sabe que se houver um simples sinal de arrependimento por parte dos habitantes de Niníve, o Senhor irá perdoá-los. Por esse motivo, Jonas não consegue visualizar a graça de Deus, motivo esse que o leva a pensar na fuga e ele a faz! Vale ressaltar que o problema de Jonas é teológico, assim como todos nós temos, mas, ele é radical, sobretudo fundamentalista ao extremo. Mergulhando no texto podemos entender dois aspectos: A ação de Deus ante a fuga do profeta. (1.4) e as diferenças de atitudes entre o profeta e os marinheiros em meio à grande tempestade. (1.5-6) A ação do Senhor é resgatar Jonas ante a sua insistente fuga, e conseqüentemente cura-lo de seus problemas interiores, de sua ideologia individualista, com a finalidade de recolocá-lo dentro do projeto do qual ele foi designado. Sobre as atitudes podemos observar que, os marinheiros em desespero total, não sabiam a quem recorrer, buscavam a qualquer tipo de “deus” para que pudessem alcançar bonança. Porém, ressalto que, em meios suas ações politeístas eles desenvolviam a fé baseados na crença que tinham. Jonas ao inverso, sabia quem poderia resolver o problema e devolver a bonança definitivamente. Porém, mesmo em sua fé monoteísta ele preferiu dormir o sono da fuga e da irresponsabilidade. Isso nos mostra que Deus trata no nosso intimo, mesmo quando estamos em fuga Dele e de nós mesmo, e que nossa fé sem ação é nula (Tiago 2.17) Jonas acreditava em um só Deus (Jeová) porém não colocou sua fé em prol de salvar os que necessitavam de salvação. (nesse caso especifico os marinheiros durante a tempestade). Crer em Deus não é suficiente (Tiago 2.19) é necessário servi-lo e segui-lo!

Que possamos estar acordados, atentos, prontos, e confiantes em nossa caminhada como servos do Senhor, pois não sabemos a que horas ele irá nos usar para apregoar as “niníves” da contemporaneidade. Portanto estejais preparados a tempo e fora de tempo (2Tm 4.2)


Cleudair Cordeiro de Godoi
3º Periodo em Teológia
Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil-RJ




Referência Bibliográfica
BARRETO, Sônia. O Mergulho no ser
COELHO FILHO, Isaltino Gomes. Jonas nosso contemporâneo. Rio de Janeiro,JUERP,1992
Jonas 1.4-6

Foi-se a Glória do Senhor

Diante a dificuldade da relação entre a igreja e a modernidade, talvez a saída fosse vivermos uma vida tranqüila no sentido sectário e procurar uma vida privada, ocultos em condomínios fechados. Uma vida que nos dê a oportunidade de sermos auto-suficientes, vivendo altamente independente do mundo moderno. Mas, como viver sem estar inserido no mundo? Como fazer a diferença sem apresentar-se? Ou até mesmo, como ser igreja fora do mundo? Rubem Amorese diz: Se a igreja se retirar do mundo, ela deixa de ser igreja, porque renega sua própria identidade de colaboradora de Deus.
Se optarmos pelo sectarismo, não poderemos ajudar na transformação do mundo, pois, não nos identificamos com ele e não conhecemos seus problemas, dificuldades e dores. Nesse caso passaremos a ser inúteis e desobedientes. Então só nos resta uma alternativa; deve-se estar no mundo e não ser do mundo, viver no mundo e não ser contaminado pelo mundo! Precisamos estar prontos a oferecer todos os requisitos básicos pra se viver em comunidade de maneira honesta e amorosa, e testemunharmos de Cristo diante de um mundo secularizado. Para tal devemos nos humilhar diante de Deus e buscarmos o auxilio do Espírito Santo.
A igreja moderna vive padrões parecidos com o tempo do profeta Eli; Não necessariamente na rebeldia, mas no afrouxamento dos padrões da palavra de Deus. Vivemos em época de barbáries que se apresenta em forma de mercado consumista em que tudo se transforma em lucro. Vivemos em tempos de hordas exemplificada nos arrastões e gangues de ruas, pessoas dispostas a tudo para promover suas ideologias malignas. Porém, podemos levantar uma contestação de que essas coisas não têm relação com a igreja, mas inconscientemente acaba-se por incorporar essa ou aquela atitude; como a agressividade no trânsito, aquisição de armas “somente para esportes e segurança”, o consentimento do rock irracional e violento em nosso louvor “por falta de dialogo, ou medo de magoar nossos jovens”, e assim por diante.
É tempo de repensarmos nossas atitudes como corpo e família! De que adianta evangelizarmos o mundo inteiro e perder nossa família por falta de presença, atenção e carinho? De que adianta mantermos fiéis nos dízimos, se nosso coração dói cada vez que fazemos o deposito? Devemos aprender com a história do profeta Eli, antes que seja tarde e acabamos por dar aos nossos filhos “naturais ou da fé” o nome de Icabode, que significa: “Foi se a glória do Senhor”.

Cleudair Cordeiro de Godoi
3º Periodo em Teológia
Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil-RJ


Referência bibliografica


*AMORESE, Rubem Martins. Icabode: Da mente de Cristo à consciência Moderna. São Paulo. Abba Press.1993
* I Samuel 2.22-36

E o Mundo Jaz no Maligno!


Talvez uma das maiores ilusões fosse procurar razão pra viver em um mundo que caminha rumo à dissolução total, enquanto vivermos pelo mundo seremos afligidos pelas armadilhas daquele que o governa, seria pura pretensão procurar paz em um mundo que se destrói em guerra! Você pode até procurar razão, mas não vai encontrar e se porventura à encontrar será pura ilusão! Como diria o sábio rei Salomão "Por isso, a vida começou a não valer nada para mim; ela só me havia trazido aborrecimentos. Tudo havia sido ilusão; eu apenas havia corrido atrás do vento" (Eclesiastes 2.17). Quantas vezes nos vemos em situação semelhante, vivendo sem direção, sem razão e em total desilusão? Porém, se clamarmos ao nosso Deus certamente Ele nos estenderá a mão, porquanto Ele mesmo nos prometeu "quando clamar a mim, eu o ouvirei, porque sou misericordioso" (Êxodo 22.27b). Então nosso Deus nós dará direção e absoluta Paz, como Ele mesmo nos diz: "Deixo com vocês a Paz. É a minha Paz que lhes dou; não lhes dou a paz como o mundo a dá. Não fiquem aflitos, nem tenham medo" (João 14.2) meus irmãos se nosso viver estiver fundamentado em Jesus, sempre teremos razão pra viver, mesmo sabendo que o mundo inteiro jaz no maligno, pois, entendemos que não pertencemos a este mundo, mas à Deus. (João 5.19)




Cleudair Cordeiro de Godoi
3º Período em Teologia
Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil-RJ

A "Fenomologia" do arrependimento

Nos últimos dias fomos surpreendidos com uma noticia de certo ponto inopinado, vimos um famoso jogador de futebol, conhecido mundialmente como o “Fenômeno” envolvido em um caso de polícia, poderia ser mais uma ocorrência daqueles milhares que não dão em nada, mas, a mídia fez o seu ofício, e a notícia se espalhou pelos quatro cantos do planeta, então a polícia viu-se obrigada a colocar-se em prontidão para apurar a realidade dos fatos. Vítima ele? Não vem ao caso agora! Todavia, de acordo como foi propalado pelas agências de comunicação, isso pode custar ao fenômeno um preço muito mais caro do que ele imaginava inicialmente. Depois de ser exposto à toda mídia mundial, o Fenômeno teria rompido com sua noiva e ainda corre o risco de perder o contrato vitalício com a marca esportiva que o patrocina. Imagino eu que depois de tudo o que aconteceu, tenha ele, refletido sobre o caso e chegado a um amargo arrependimento. Tarde de mais, (no caso dele) o mundo todo já sabe!
Pensando sobre a analogia que podemos fazer deste acontecimento com a nossa vida como cristãos, Lembrei-me das palavras do rei Davi: “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno.” Salmo 139.1,2.
Sobretudo, podemos entender que os desvios de condutas que também estamos sujeitos, sempre virão seguidos de uma conseqüência, no caso do “fenômeno” foram as piores possíveis, entretanto no nosso caso elas são drásticas. Ele perdeu a noiva e o patrocínio, (segundo a mídia jornalística) nós perdemos a comunhão com Jesus!
Quando Davi se viu em situação “parecida” ele expressou uma oração de arrependimento e busca de conserto diante do Senhor, entendo que eu e você precisamos agir da mesma maneira que Davi; ou seja, devamos estar diante de Deus todos os dias, dizendo:
Senhor, Sonda-me, vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno, guarda-me, porque em ti me refugio!

Cleudair Cordeiro de Godoi
3º Periodo Teologia
Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil-RJ

Blog Archive

Ads

Featured Video